Debate na UNESP, organizado pelo Coletivo Negro Kimpa, discute cabelo e estética sob a ótica negra
“Respeitem meus cabelos, brancos” é o que pedia Chico César. A hora de ser franco e debater padrões de beleza em uma sociedade branca e elitista é nessa quinta-feira, no campus da Unesp, na sala do Observatório de Educação em Direitos Humanos a partir das 17h.
A conversa promete ir além do que discutir se queremos colorir, assanhar, ou enrolar nossos cabelos. A proposta é refletir profundamente sobre as imposições sociais feitas às negras e aos negros com relação aos padrões de beleza. Por que, por exemplo, nosso cabelo é rotulado como “ruim” e o nosso nariz é “feio”.
Esse é o segundo evento organizado pelo Coletivo Negro Kimpa, que há duas semanas articulou uma reflexão sobre o culto à brancura na sociedade brasileira. Debates sobre aspectos da temática racial acontecerão duas vezes por mês, sempre abertos ao público.
Fundado em 2015, o Coletivo Kimpa reúne negros da comunidade universitária e promove quinzenalmente reuniões abertas ao público no campus da Unesp. Outros temas estão previstos para serem debatidos ainda este semestre, como o mito da democracia racial, o femininismo negro e interseccional e a apropriação cultural.